Palesta HTai 220Esta posição foi defendida na última sexta-feira (24/06) na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da UEM durante uma palestra organizada pelo Departamento de História, intitulada “Os desafios de Moçambique Independente”, alusiva as comemorações do 25 de Junho – Dia da Independência Nacional.
Dos vários obstáculos que o País enfrenta, com destaque para o elevado custo de vida e o terrorismo em Cabo Delgado, a atenção de Hama Thai foi para o sector da Educação, por ser considerado a base para a promoção do desenvolvimento de qualquer sociedade.
O Doutor Hama Thai afirma que um país independente, que goza de liberdade e governa-se a si mesmo como Moçambique, deve apostar na formação de quadros para promover o desenvolvimento.
A título de exemplo Hama Thai recorreu ao mais recente escândalo em torno dos conteúdos veiculados no actual livro da sexta classe do Ensino primário como prova da falta de formação e desvalorização das instituições de pesquisa em Moçambique em detrimento das existentes na diáspora. No seu ponto de vista a revisão do livro escolar para o uso nas escolas do ensino primário em Moçambique devia ser feita no nosso Pais pois existem pessoas qualificadas para o efeito e as Universidades de Moçambique tem capacidade para responder a essa inquietação.
Contudo para enfrentar os desafiou actuais, o palestrante apelou a adopção de estratégias usadas por Moçambique há 60 anos, nomeadamente, unidade nacional, espírito de sacrifício, coragem e tenacidade e autovalorizarão para o alcance do Moçambique desejado.
A palestra foi bastante concorrida pelos investigadores, Docentes e estudantes da FLCS, que aproveitaram a ocasião para questionar o orador sobre papel da cultura e religião na conquista da Independência, Hama Thai não exitou em afirmar que a cultura foi relevante no engajamento de diferentes raças e etnias na luta por um mesmo objectivo, a independência. Todavia a religião foi mal-usada em África, particularmente em Moçambique, por isso, apelou a fortificação do espírito de liberdade de pensamento e exposição, bem como, a união do povo para o desenvolvimento de Moçambique, pois a mudança que cada um dos moçambicanos deseja deve começar de si próprio.
Para o Director da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Prof. Doutor Samuel Quive, a presença do orador foi uma grande honra pela FLCS. "É uma honra receber o Doutor Hama Thai na nossa casa e beber da sua experiência não somente de vida mas profissional também, esperamos brevemente por novas visitas do Doutor para mais aulas de sapiência pois considero que este exercício de reflexão em torno dos obstáculos do nosso país vai contribuir para a formação de novas formas de pensamento e quiçá gerar soluções", disse.
A palestra contou com a moderação da Prof. Doutora Benigna Zimba, docente e investigadora do Departamento de História, que para ela o Doutor Hama Tai é uma biblioteca recomendada para a reflexão em torno do assunto.

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