17 PANAF VRAA Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (FLCS-UEM), acolheu, quinta-feira (8/05), o lançamento do 17° Congresso Pan Africano da Associação de Arqueologia (PANAF) de pré-história e Estudos relacionados. O evento serviu para reflexão, debate e troca de conhecimento sobre a conservação e gestão do parque arqueológico e do patrimônio biocultural.
Intervindo durante a abertura do evento, a Vice-Reitora Académica da UEM, Profa. Doutora Amália Uamusse, afirmou que Moçambique é o primeiro país de expressão portuguesa a organizar o congresso PANAF, o que abre maior espaço de adesão e participação de um maior número de africanos e o alargamento da agenda científica das pesquisas arqueológicas.
“A indicação do nosso país para a realização do 17 congresso teve como factores determinantes, o facto de se estar a desenvolver no país importantes projectos de investigação arqueológica, assim como, de preservação e gestão de património, que contam com o apoio de parceiros nacionais e internacionais, cujo o número cresce continuamente e que é um estímulo para a continuação deste trabalho e desta caminhada,” afirmou.
Por sua vez, o Director da FLCS, Prof. Doutor Samuel Quive, disse que o evento se reveste de grande importância para a Faculdade, explicando que, a concretização do congresso irá materializar também aquilo que é a actividade principal neste momento, que é promover a investigação científica. “Queremos com isso convidar aos colegas, docentes e estudantes da graduação e pós-graduação, para que vejam o lançamento deste congresso como uma oportunidade de apresentar as pesquisas que estão a fazer nesta área de arqueologia, história e outras áreas científicas assentes, disse.
A docente e investigadora do Departamento de Antropologia e Arqueologia da FLCS, Prof. Dra. Solange Macamo, disse que há um projecto de pesquisa arqueológica em curso, que conta com a colaboração de especialistas da Universidade de Cambridge, uma iniciativa que visa trazer o conhecimento histórico do comércio a longa distância. "É um projecto de pesquisa arqueológico para o conhecimento do comércio a longa distância, este comércio que interligava o interland com a costa, desse modo Moçambique tem uma das estacões mais antigas onde esse comércio se revelou. E que também indicam contactos antigos com o golfo pérsico, bem como, com a presença árabe mais antiga conhecida cá no país", disse.
Por seu turno, a investigadora da Universidade de Cambridge, Profª. Doutora Abigail Moffett reconheceu as potencialidades que Moçambique tem na área da pesquisa e na rota, e acredita que isso vai contribuir para o sucesso do projecto, que poderá envolver investigadores e estudantes da UEM. "Moçambique tem um grande potencial, especialmente, na questão de pesquisa e também na rota, ao longo do Leste da África, do comércio que teve no oceano Indico cruzando com a índia e diversos outros locais onde se evidencia esta trajetória," afirmou.
O evento alusivo às celebrações do Dia Mundial do Património Africano, decorreu nos dias 8 e 9 de Maio sob o lema "Salvaguardar o Patrimônio Africano" e contou com a participação de estudantes, docentes, pré- historiadores, paleontólogos, e geólogos de vários países africanos.

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